A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) fez um levantamento que mostra que os custos das quase 700 operadoras de planos de saúde do país com atendimento a pacientes com Covid-19 chegou a R$ 27 bilhões entre março de 2020 e abril de 2021. A conta levou em consideração gastos com leitos de internação, leitos de UTI e exames sorológicos e PCR. O valor responde por 16,3% de tudo o que foi gasto pelas empresas em 2020. Somente em UTIs foram gastos R$ 14,7 bilhões. A FenaSaúde também diz que no auge da pandemia, neste ano, cresceram 24% os procedimentos eletivos não urgentes como cirurgias de varizes, amígdalas e bariátrica. O número foi superior até mesmo ao ano de 2019, quando não havia pandemia, mas a federação não apurou ainda os gastos com estes procedimentos. De qualquer forma, os balanços da FenaSaúde mostram que os gastos globais das operadoras caiu em 2020, comparado com 2019.
A federação divulga seus custos com a pandemia em um momento em que as operadoras estão sendo questionadas sobre os fortes reajustes dos planos de saúde. Nesta semana, o Procon de São Paulo entrou com uma ação na Justiça para que algumas operadoras explicitem os motivos dos reajustes.