Veja Mercado | Fechamento da semana | 10/10 a 14/10
Entre dois turnos de uma eleição presidencial em que os candidatos não têm atendido às expectativas do mercado quanto à revelação de planos econômicos, o mundo das finanças já viu dias mais agitados. Com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) cada vez mais próximos nas pesquisas de intenção de voto, a conjuntura não é das mais favoráveis para se fazer previsões do que está por vir. Assim, o mercado opera com cautela, sem fortes emoções. Em sintonia, foi divulgado que o volume em ações negociadas na B3 no mês de setembro foi 15% menor do que no mesmo mês de 2021.
Apesar da ausência de grandes novidades quanto aos projetos de Lula, como estampado na capa de VEJA desta semana, há figuras influentes que consideram provável que, se eleito, o petista faria uma gestão responsável. Em entrevista ao Radar Econômico na sexta-feira, 14, um dos economistas mais renomados do país, Persio Arida, afirmou ter esperança em um governo Lula que conduza bem a economia. Já analistas ouvidos pela coluna disseram que um governo Lula responsável poderia trazer uma “festa danada” aos bancos, com valorização do Real e aumento do poder de consumo das famílias.
Com a relativa estabilidade brasileira, investidores se voltam ao cenário internacional, com tensões nos Estados Unidos e Europa. Revelada na quinta-feira, 13, a inflação americana de setembro veio o dobro do esperado, em 0,4%, criando a expectativa de mais altas nos juros. Por outro lado, também na quinta-feira, a primeira-ministra britânica Liz Truss admitiu rever alguns pontos do pacote bilionário de corte de impostos proposto por seu governo, o que agradou o mercado. Quando divulgado, o pacote caiu como uma bomba e abalou a perspectiva de permanência da conservadora no cargo.
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