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Lemann, Telles e Sicupira concentram ações da Americanas em Luxemburgo

Após unificação das operações da varejista com o braço digital, trio transferiu ativos para empresa em Luxemburgo

Por Felipe Mendes, Diego Gimenes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 Maio 2024, 08h28 - Publicado em 20 out 2023, 11h23
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  • Os empresários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira completaram a transferência de suas ações da Americanas para uma offshore instituída em dezembro de 2020, em Luxemburgo, chamada S-Velame Luxemburgo. O movimento se deu após a unificação das operações da varejista com o braço digital da empresa, a B2W, em 2021. A S-Velame é controlada pela BRC, empresa que também controla a AB Inbev e está debaixo de outras empresas situadas em paraísos fiscais no Caribe e em Delaware, nos Estados Unidos. Ao todo, a BRC e sua subsidiária, a S-Velame, detêm 26,7% de participação na Americanas — Carlos Alberto Sicupira, por sua vez, possui 2% da empresa como pessoa física.

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    Em tempo: o escândalo contábil da Americanas, com dívida de cerca de 40 bilhões de reais, estourou pouco mais de um ano depois da transferência dos ativos aos paraísos fiscais.

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    Em nota enviada ao Radar Econômico, Os três empresários afirmam que são investidores de várias companhias globais e têm escritório e time próprio em Luxemburgo. Eles confirmam a transferência de ações para um veículo de investimento no exterior. A seguir, a coluna publica a íntegra do posicionamento de Lemann, Telles e Sicupira:

    “A assessoria dos acionistas de referência reitera que eles estão totalmente engajados na construção de uma solução para pôr um fim à recuperação judicial da Companhia, de modo a preservar seus empregos e sua atividade econômica relevante. Em relação à demanda apresentada pela coluna, é oportuno ressaltar que os acionistas de referência são investidores de várias companhias globais, tendo há muito tempo estruturado veículos de investimento no exterior, assim como diversos outros grupos de investimento.

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    A estrutura de investimento dos acionistas de referência em relação à Americanas envolve há muito tempo mais de um veículo de investimento, sendo estes majoritariamente no exterior e, em particular em Luxemburgo onde os acionistas têm escritório e time próprio. No contexto da reorganização das Lojas Americanas e B2W que incluía intenção de redomicílio para os Estados Unidos, conforme amplamente divulgado na época, se fez oportuno a simplificação dos veículos de investimento dos acionistas de referência.

    Nesse contexto, ocorreu a transferência de ações detidas por um veículo brasileiro para um veículo no exterior. Esse tipo de reorganização, que é legal e corriqueira, foi feita seguindo todas as normas aplicáveis, inclusive as de divulgação à Americanas e ao mercado através dos filings da companhia na CVM. Vale lembrar que os acionistas de referência tiveram prejuízo financeiro de cerca de R$ 1,6 bilhão considerando a diferença entre aportes feitos e dividendos recebidos nos últimos anos, sem considerar grande perda patrimonial do valor de suas ações.

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    Por fim, os acionistas de referência reforçam que sempre agiram dentro dos mais rigorosos padrões éticos em todos os seus negócios e confiam no trabalho de todas as autoridades competentes para a responsabilização dos verdadeiros culpados pela fraude contra a empresa”.

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