O juiz João de Oliveira Rodrigues, da 1ª vara de falências da Justiça de São Paulo, homologou na semana passada a recuperação judicial do grupo Bertin, derrubando a tentativa da Caixa de barrar o plano apresentado pela companhia. “É inegável o abuso do poder econômico consistente numa postura contraditória e desarrazoada da CEF (Caixa)… seja pela ausência de justificativa para segregar empresas que atuam em conjunto, de maneira coordenada e cujo patrimônio lhe funcionou como garantia para os financiamentos concedidos, seja por não apresentar, de maneira especificada e concreta, os pontos nos quais o novo plano lhe seria prejudicial”.
A Caixa é credora de cerca de 3 bilhões de reais devidos pela SPMar. Mas como a Heber, uma das nove empresas do grupo Bertin, é avalista do empréstimo, o banco acabou como credor de duas recuperações judiciais do grupo. Por conta desse cruzamento, a Bertin argumentou , e o juiz acatou, a abusividade do voto. Sem o voto da Caixa, o plano foi aprovado pelo restante dos credores e por isso está agora homologado.