A Fundação Lemann, ONG fundada por Jorge Paulo Lemann, tem atuado para garantir que o Brasil possua acesso à vacina para imunização ao novo coronavírus. Em carta enviada a conselheiros da organização no primeiro dia de 2021, Dênis Mizne, CEO da entidade, ressalta os trabalhos. “A luta é grande e complexa, mas os estudos que financiamos da vacina de Oxford foram decisivos para provar a eficácia de uma vacina barata e fácil de se produzir e distribuir”, diz ele. “Com o esforço junto a Ambev, Lojas Americanas e outros, estamos viabilizando a construção da primeira fábrica de vacinas no Brasil e já no primeiro semestre milhões de doses serão produzidas aqui”, complementa. A entidade acredita que a vacinação, utilizando o imunizante produzido em parceria por AstraZeneca e Universidade de Oxford, poderá vacinar mais de 100 milhões de brasileiros neste ano.
O documento ainda ressalta que a instituição ampliou seus esforços na captação de recursos, o que a fez garantir 70 milhões para investimentos — parte do montante veio de parceiros internacionais como a Lego Foundation, Google, Facebook e Imaginable Futures. “Temos um pipeline potencial de mais de 100 milhões de reais para 2021″, diz Mizne. Em 2020, a entidade atuou ao lado do poder público na gestão do ensino durante a pandemia de Covid-19. “Beneficiamos diretamente quase 20 milhões de alunos e nossa força tarefa foi decisiva para que 92% dos estudantes de escolas públicas brasileiras conseguido estudar remotamente durante a pandemia”, diz trecho da carta. “A aceleração do uso de tecnologias pelos professores e alunos foi gigantesca e nos estruturamos para transformar isso em fonte permanente de avanço para a aprendizagem no Brasil.”
+ Siga o Radar Econômico no Twitter
- Leia também: Fracasso do governo na pandemia acentua uma urgência: aceleração da vacinação