Sob investigação no Ministério Público Federal (MPF), as acusações de assédio por parte de Pedro Guimarães, ex-presidente da Caixa Econômica Federal, contra funcionárias do banco caminham a passos de formiga. De acordo com funcionários graduados da Caixa ouvidos pelo Radar Econômico, o resultado do relatório da corregedoria do banco já está nas mãos do MPF desde outubro, mas a demora da instituição para fazer a denúncia-crime na Justiça vem causando estranheza dentro da instituição. “O relatório da corregedoria é bastante contundente, tem provas, muitos testemunhos e indica o crime de assédio sexual. Agora depende do MPF”, diz uma fonte.
De acordo com esses funcionários, a sucessora de Guimarães à frente do banco, Daniella Marques, “não conseguiu atrapalhar as investigações internas, mas entrou na Caixa com a missão de tentar apagar o tema do noticiário e contribuir dessa forma para o esquecimento do caso”. A leitura é de que a iniciativa de fomentar programas para as mulheres serviu para abafar o caso e colocou o banco sob questionamento e risco de liquidez ao assumir fazer o consignado do Auxílio Brasil, que só na Caixa chegou a 8 bilhões de reais.
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