O BTG comprou a participação que a Caixa tinha no Banco PAN por 3,7 bilhões de reais. O banco de André Esteves conseguiu assim evitar ter outro sócio relevante na instituição. A Caixa tinha iniciado uma oferta privada, no início de março, para vender os 49,2% de ações ordinárias que detinha no banco PAN, dentro de seu plano de se desfazer de ativos que considera que não são relevantes. A história do BTG no banco PAN começou quando a instituição que pertencia a Silvio Santos, ainda com nome de Panamericano, apresentou um rombo nas contas há dez anos e foi salva pelo Fundo Garantidor de Crédito. O próprio FGC emprestou 450 milhões de reais, na época, para o BTG comprar 50,8% das ações do Panamericano. Durante muitos anos, a Caixa que já era sócia continuou dando liquidez ao banco PAN comprando carteiras de crédito. No ano passado, o banco teve um lucro de 656 milhões de reais e sua carteira chegou próxima a 30 bilhões de reais. Agora, André Esteves detém 100% das ações ordinárias do banco PAN e pode encontrar sinergias com o BTG+, o banco digital voltado para o varejo.