VEJA Mercado | Fechamento | 16 de fevereiro.
Ninguém segura o Ibovespa. O índice fechou a quarta-feira em alta de 0,31% e recuperou o patamar dos 115 mil pontos, aos 115.180 pontos, feito que não alcançava desde setembro de 2021. Foi a sétima alta consecutiva da bolsa, fenômeno este que não era visto desde junho do ano passado, quando a bolsa bateu sucessivos recordes de pontos. A entrada de quase 50 bilhões de reais de capital externo em um mês e meio faz o índice subir cerca de 10% no acumulado do ano e ainda provoca uma queda significativa do dólar. A moeda americana fechou o dia em baixa de 1,02%, a 5,127 reais, a menor marca em sete meses. “É uma grata surpresa enquanto todo mundo se preparava para um início de ano dos mais complicados”, aponta Alvaro Bandeira, economista-chefe do Modalmais. “Além dos aportes dos estrangeiros, é preciso lembrar que as commodities dispararam neste início de ano, e a bolsa brasileira se beneficia diretamente dessa escalada porque as maiores companhias do índice produzem petróleo e minério de ferro”, destaca.
Tanto Petrobras quanto Vale subiram 1,75% e 0,76%, nessa ordem. O dia foi de recuperação na cotação do minério em Qingdao, na China, que subiu 3,05%, a 139 dólares a tonelada. Já o petróleo brent que negociou em alta ao longo do dia, recua 2%, a 91,4 dólares a tonelada, depois da divulgação da ata da última reunião do conselho do Federal Reserve Bank (Fed). Ata esta que pouco impactou o Ibovespa. Apesar da volatilidade logo depois da divulgação, os ativos mantiveram a performance positiva. A própria Petrobras, por exemplo, subiu 1,75%. O resultado trimestral do Carrefour agradou o mercado e a companhia fechou em alta de 5,31%. O Assaí, que ainda não divulgou seus números, subiu ainda mais, pouco mais de 7%.
Weg e JBS recuaram 4,81% e 3,88%, respectivamente. Embora o resultado trimestral da Weg também tenha agradado o mercado, é preciso lembrar que a companhia subiu mais de 10% nos dois últimos pregões, ou seja, o resultado já estava no preço. Já a JBS viu o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se desfazer de 50 milhões de ações da companhia, cerca de 1% dos papéis negociados na bolsa, mas que trouxe impacto negativo na performance diária.
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