VEJA Mercado fechamento, 28 de junho.
A ressaca se confirmou. Em sessão volátil marcada pelo baixo volume de negociações, o Ibovespa fechou no zero a zero. O índice registrou leve alta de 0,14%, a 127.419 pontos. Entre os destaques, segundo os analistas, a fuga de papéis que pagam bons dividendos. “Na prática, a reforma pode aumentar a carga tributária do grande investidor. A bolsa ainda vai sentir isso ao longo da semana”, projeta Larissa Quaresma, analista da Empiricus. O texto da reforma tributária, que prevê a tributação de 20% desses lucros, ainda está em digestão pelos investidores. Os bancos fecharam em mais um dia em baixa e as ações de instituições como Itaú Unibanco e Bradesco fecharam em quedas de 1,12% e 0,75%.
A divulgação do Boletim Focus e a previsão de que a inflação seja ainda maior para o ano em função da crise no setor energético também traz preocupações para a taxa básica de juros, a Selic. Nesse sentido, saem perdendo os setores de construção e shoppings. Vale lembrar que a reforma tributária também prevê a tributação dos fundos imobiliários, ou seja, são companhias que saem perdendo duas vezes. Iguatemi e MRV fecharam em quedas de 2,62% e 1,84%, respectivamente.
Se, por um lado, há fuga de papéis ligados à construção e bancos pelo temor de juros e tributação de dividendos, por outro, cresce a procura pelas companhias de tecnologia. “A minha leitura é de que os investidores estão saindo dos papéis ligados a dividendos para apostar em quem paga mais em retorno de ação. Uma das alternativas é o setor de tecnologia”, analisa Quaresma. Locaweb figurou entre os destaques da bolsa e fechou em alta de 2,93%. Totvs também foi bem, subindo 2,66% no dia.