A resistência do governo eleito ao nome do ex-presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, não surtiu efeito. Neste domingo, 20, Goldfajn foi anunciado como o próximo presidente do Banco Interamericano para o Desenvolvimento, o BID. Ele será o primeiro brasileiro a ocupar o cargo máximo da instituição, o maior banco de fomento da América Latina. Também concorreram ao pleito Chile, México e Trinidad e Tobago — a Argentina também se postulou, mas retirou a candidatura. O BID é um financiador de longo prazo, que concede empréstimos, subsídios e cooperação técnica para o desenvolvimento econômico, social e institucional da América Latina e do Caribe.
Presidente do Banco Central entre 2016 e 2019, Goldfajn terá de deixar o cargo de diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI (Fundo Monetário Internacional), que ocupa atualmente. Foi diretor de política econômica do BC entre 2000 e 2003, no governo de Fernando Henrique Cardoso, e também acumulou passagens em instituições privadas, como presidente do conselho do Credit Suisse e economista-chefe do Itaú Unibanco. Em 2018, Goldfajn foi eleito o melhor presidente de banco central no mundo, pela revista The Banker.
No próximo dia 23, Goldfajn terá seu primeiro compromisso após ser eleito ao cargo no BID. Ele discursará no Seminário Internacional ACREFI, ao lado de nomes como os economistas Alexandre Schwartsman e Marcos Mendes, em evento que será realizado no Teatro Renaissance, em São Paulo.
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