Na esteira da redução recente da inflação, grupos bolsonaristas iniciaram uma campanha nas redes sociais para dar o prêmio Nobel de Economia para o ministro Paulo Guedes. No Twitter, um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) deu coro à campanha para laurear Guedes com o prêmio. “Já tinha nome consolidado e estabilidade financeira, mas juntou-se a Bolsonaro e pegou o Brasil na sua pior crise política, ética e econômica de sua história. Some a isso uma pandemia e uma guerra”, escreveu o deputado. “Não restam quaisquer dúvidas quanto ao gestor que melhor tem conseguido sucesso ao administrar uma economia em estresse”, afirma o texto que apresenta um abaixo-assinado pela possibilidade — de difícil impacto prático, porém.
Mesmo que engajem apoio significativo — às 11h20 do domingo, 7, eram mais de 6 mil assinaturas –, o Nobel de Economia não é escolhido por votação popular. Membros da Academia Real de Ciências da Suécia avaliam, às escuras, nomes que idealizaram medidas relevantes para a economia, como estudos ou projetos, e estuda a lista de indicados, que resulta em uma seleção preliminar de nomes. A votação é realizada pelo comitê a poucas semanas da divulgação dos resultados. No ano passado, o prêmio foi dado ao canadense David Card, o americano Joshua D. Angrist e o holandês Guido W. Imbens por um estudo sobre mercado de trabalho e inovações causais que impactam no crescimento econômico.