A nomeação de Gabriel Galípolo, secretário-executivo do Ministério da Fazenda de Fernando Haddad, como diretor de Política Monetária do Banco Central (BC) foi bem recebida por agências de risco internacionais. Os gringos veem o nome de Galípolo como uma solução que mostra que o governo escolheu um nome equilibrado para o posto — que não fomentará a discórdia junto ao presidente da autarquia, Roberto Campos Neto. A leitura é de que a nomeação posiciona Galípolo como o indicado a próximo presidente do BC ao fim do mandato de Campos Neto, afastando a possibilidade de uma ingerência nociva do Palácio do Planalto nas decisões sobre política monetária da autarquia.
Para as agências, a nomeação mostrou que o governo está comprometido com a indicação de nomes que façam frente ao populismo. A leitura é de que a escolha fortalece a um dos integrantes mais benquistos do Ministério da Fazenda e consolida em um cargo institucional um dos mais respeitados nomes dentro da pasta de Haddad. A escolha afasta o temor de que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva escolhesse para o posto um nome “muito heterodoxo”. Entre esses agentes, a visão é de que, apesar dos disparates de Lula contra o BC, a equipe econômica de Haddad vem se mostrando séria e competente.
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