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Primeiras impressões: dirigimos a nova picape Ram Dakota

Caminhonete média só chega ao país no começo de 2026, mas demos uma volta no novo modelo antes do Salão do Automóvel

Por André Sollitto SEGUIR SEGUINDO 18 nov 2025, 11h32

Ram Dakota na versão Warlock, com proposta off-road (André Sollitto/VEJA)

No portfólio atual da Ram, a fabricante americana de picapes, falta um modelo médio para concorrer com rivais como Toyota Hilux, Ford Ranger e Chevrolet S10. Entre o final dos anos 1990 e começo dos 2000, a marca já teve a Dodge Dakota, mas desde que Dodge e Ram se tornaram marcas independentes a Ram ficou com seus modelos full size, como 1500, 2500 e 3500, e a intermediária Rampage, criada para o mercado brasileiro. Agora, ela retoma o nome Dakota para sua nova picape intermediária, a segunda desenvolvida fora dos Estados Unidos.

A Dakota foi apresentada pela primeira vez há alguns meses. Nesta terça-feira, 18, antes do Salão do Automóvel, que começa neste sábado, 22, ela mostrou duas versões da picape: Warlock e Laramie.

A Dakota é equipada com motor 2.2l turbodiesel de 4 cilindros em linha que produz 200 cv de potência e 450 Nm torque, entregues a 1500 rpm, e transmissão automática de oito velocidades. Tem tração nas quatro rodas, com opção de reduzida e bloqueio de diferencial. Sua caçamba comporta 1.020 quilos e tem capacidade de rebocar 3,5 toneladas.

A caminhonete vem com um pacote robusto de tecnologias. O conjunto óptico dos faróis é em full led, quadro de instrumentos digital de 7 polegadas e central multimídia 12,3 polegadas dispostos lado a lado para dar um efeito de uma tela única de quase 20 polegadas. Tem navegação embarcada, páginas offroad que mostram inclinação do carro, tração e outras informações, Android Auto e Apple Carplay sem fio e câmera 540º, o que significa que ela mostra os 360º ao redor do carro, bem como uma visão de cima (do tipo bird’s eye), com a carroceria transparente, o que permite a visualização de obstáculos. Tem também tecnologias de assistência, como monitoramento de ponto cego, piloto automático adaptativo e frenagem de emergência.

Como é padrão nos modelos da marca, o acabamento interno é caprichado, com uso de materiais macios ao toque. Na Laramie, os bancos são de couro legítimo, enquanto o couro usado no painel é sintético.

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Há diferenças entre as duas versões. A Laramie tem elementos cromados, como grade, retrovisores e logotipos. O interior é na cor marrom. As rodas são diamantadas de 18 polegadas. Já a Warlock tem interior todo em preto e elementos escurecidos nas grades, badges, moldura inferior do para-choque e retrovisores. Vem com pneus de uso misto de 17 polegadas e com o santo antônio (chamado Rambar pela marca).

Tivemos um breve contato ao volante da Dakota em um circuito off-road fechado. Ela encarou obstáculos convencionais, como caixa de ovos, subidas e pêndulos, com tranquilidade. A câmera e a visão transparente da carroceria facilitam a transposição de trechos mais complicados, e a opção de bloquear o diferencial é uma vantagem. O interior é sofisticado e bem acabado. Como outras picapes médias, ela tem um balanço típico da construção sobre chassi de longarinas, o que dá maior robustez, mas sacrifica um pouco o conforto.

A Dakota será exibida no Salão do Automóvel. Os clientes da marca poderão fazer o test drive do modelo em um espaço montado no Clube Esperia. Os preços das versões brasileiras ainda não foram divulgados e devem ser revelados apenas em 2026, quando o modelo chegar ao mercado nacional.