Bayern de Munique tem história linda e é o maior clube do mundo
O PSG tem Neymar, o jogador mais técnico e que pode desequilibrar. Torcemos para isso, mas não será uma tarefa fácil
Apesar da desclassificação do Manchester City estou bem feliz com os times que se classificaram na Champions League. Sou fã declarado de Guardiola e gostaria de vê-lo campeão. O gol perdido pelo Sterling poderia ter mudado o rumo da partida, assim como a desclassificação do Atalanta foi por detalhes, isso é o futebol. Ainda acho a Premier League a melhor do mundo e mesmo a França tendo dois times nas semifinais ela ainda está bem abaixo da inglesa e da alemã. Não tenho bola de cristal para cravar quem será o campeão, mas o Bayern tem muito mais time do que seus concorrentes.
Para mim, o Bayern é o maior clube do mundo. Sei que muitas pesquisas têm seus critérios para criar os rankings e, por isso, Real Madrid e Barcelona normalmente lideram por serem os mais ricos, mas o Bayern é uma potência, pois já venceu as principais competições europeias e a história de sua fundação é linda: nasceu, em 1900, após onze jogadores que rescindirem os contratos com sua equipe, o MTV 1879, por não concordarem com as condições de trabalho. Me lembrou o Afonsinho quando criou a Lei do Passe Livre e montou o time Trem da Alegria formado por atletas sem contrato e desempregados. Sem falar que o Bayern sempre teve ex-jogadores em sua diretoria e a Alemanha participou de oito finais de Copa do Mundo e venceu quatro.
A Espanha, com seus dois clubes milionários e badalados, só tem um título. Mas o Lyon tem seus trunfos, um deles é o pé-quente Juninho Pernambucano, que fez história no clube, e hoje é diretor de futebol, e o técnico Rudi Garcia, excelente treinador. Acompanhei de perto o trabalho que fez para levar o Lille a conquistar, em 2010/2011, o campeonato francês e Copa da França. Depois foi para o Olympique de Marseille, mas a diretoria não investiu em contratações. Nunca mais havia ouvido falar dele e fiquei feliz quando soube que estava no Lyon. O RB Lepzig é um time novo. Se a Red Bull continuar investindo certamente estará sempre disputando título e o melhor de tudo é que joga um futebol bonito de se ver. O PSG tem Neymar, o jogador mais técnico de todos da semifinal. Claro que ele pode desequilibrar e torcemos para isso, mas não será uma tarefa fácil.
De qualquer forma, estou feliz, com os semifinalistas porque sou fã do futebol alemão, sempre se reinventando, e tenho um carinho especial pela França pelos anos que morei lá. O Brasileiro continua morno, mas também estou contente por confirmar que Jorge Sampaoli não era nuvem passageira. É um treinador que consegue criar um estilo de jogo em pouquíssimo tempo e faz render jogadores que não estavam bem em seus clubes, como Marrony. Ele faz o básico, treina fundamentos. “E o seu Botafogo, PC?” perguntou o rapaz do quiosque do Leblon durante a minha caminhada. Se eu não estivesse sintonizado no meu “novo normal” talvez o quiosque não estivesse mais de pé, mas respirei fundo e segui em frente assoviando “Samba do Avião”. O que sigo sem engolir, e muito menos entender, são os chavões dos comentaristas, que continuam com “leitura de jogo”, “consistência”, “jogador agudo” e muito mais!