De 2016 até agora – em menos de três anos, portanto – foram registrados 72 assassinatos de advogados no Brasil. Destes, 45 são apontados como relacionados diretamente ao exercício profissional, e dois deles tiveram a participação de facções criminosas. Os dados fazem parte de um estudo, ainda não divulgado, organizado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para identificar possíveis causas da violência contra advogados e buscar soluções para o problema.
O advogado paranaense Cássio Telles, atual presidente da Comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas e da Valorização da Advocacia da OAB, está à frente do grupo de trabalho que organiza o estudo. “Estes números são absolutamente espantosos e alarmantes”, alerta. “Temos recebido notícias de assassinatos de advogados. Não que o tema seja novo; infelizmente é antigo, mas há uma perceptível escalada da violência contra profissionais da advocacia. Diante disso, restou manifesta a necessidade de a Ordem traçar um diagnóstico sobre casos e suas causas, para aí então vislumbrar medidas de proteção”, reforça o paranaense.
Além de Telles, farão parte da coordenação os advogados Aurino Bernardo Giacomelli, Eduarda Mourão e Everaldo Patriota.