Uma das últimas gravações de Gal Costa, morta em novembro de 2022, foi com Marina Sena, em que interpretaram juntas Para Lennon e McCartney, de Milton Nascimento. Neste domingo, 10, a mineira Marina Sena prestou uma baita homenagem à Gal Costa ao fazer um show com um repertório formado apenas pelas canções imortalizadas pela baiana.
Gal Costa é inigualável e seria uma tremenda injustiça comparar Marina com Gal em qualquer aspecto. Esse nem era o objetivo. Marina estava tão empenhada em prestar uma bela homenagem à Gal que as inúmeras horas de ensaio para este show valeram à pena. A cantora mineira de apenas 26 anos saiu maior do que entrou — e de quebra prestou um inigualável serviço ao apresentar para os mais jovens os clássicos de Gal Costa.
O repertório contou com Fruta Gogoia, Flor de Maracujá e Meu Nome é Gal, interpretado quase aos prantos por uma emocionada Marina. Poucos minutos antes, no backstage, ela deu uma entrevista em que chorou de emoção com a oportunidade. Marina disse que não existiria se não fosse Gal e que ela é a sua maior influência. É verdade. Quando interpretou Brasil, do Cazuza, clássico incontornável do repertório de Gal, Marina mostrou, por exemplo, que tem potência vocal e afinação.
Talvez pelo nervosismo ou pela emoção, Marina não foi perfeita. Ela desafinou em alguns momentos e sofreu para atingir as notas agudas em outras. Mas nem de longe ela fez feio. Pelo contrário. Marina prestou uma belíssima homenagem a uma das maiores cantoras brasileiras de todos os tempos. E isso não tem preço.
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