O roqueiro Marilyn Manson, de 55 anos, vai além das meras polêmicas esperadas de seu visual sombrio e é alvo de múltiplas acusações de abuso e crimes sexuais há alguns anos, sem ter sido efetivamente condenado por qualquer das alegações até hoje. Segundo uma de suas vítimas, a atriz Esmé Bianco, isso se dá em parte por letargia do promotor do condado de Los Angeles, George Gáscon, que investiga o caso desde 2021.
Naquele ano, Bianco acusou Manson de tê-la estuprado e submetido a abuso violento, citando chicotadas, lacerações e uso forçado de drogas como exemplos. Ela registrou as alegações ao Departamento do Xerife do Condado de Los Angeles, que as repassou para a promotoria em setembro de 2022. Desde então, ela aguarda um retorno sobre a perspectiva de julgamento. Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 10 de outubro, a atriz afirmou que uma “investigação minuciosa” e “centenas de peças de evidência” foram submetidas ao escritório, mas nada foi feito. “No meio-tempo, recebo ameaças de morte enquanto meu agressor continua a se apresentar em público”, se queixou. Atualmente em turnê, ele lança o álbum inédito One Assassination Under God em 22 de novembro.
Outras vozes
A defesa de Manson nega as acusações feitas há três anos. Também em 2021, a atriz Evan Rachel Wood, ex-noiva do cantor, se uniu ao coro de acusadoras em postagem de Instagram, na qual escreveu: “Estou aqui para expor este homem perigoso e confrontar as várias indústrias que têm permitido seus crimes antes que ele arruíne mais vidas. Me ergo ao lado das múltiplas vítimas que não mais se calarão”. Em março do ano seguinte, ela foi processada por difamação e sofrimento emocional pelo artista, mas saiu por cima na batalha jurídica, que acabou a seu favor em fevereiro de 2024 e fez o ex lhe dever mais de 320 mil dólares em reembolso de tarifas legais. Após apresentar recurso em agosto, ele ainda procura uma vitória na Justiça.
Disputa eleitoral
Enquanto isso, o promotor George Cascón busca provar que está trabalhando no caso de Manson. Nesta quarta-feira, 9, ele anunciou ter descoberto novas provas contra o artista, que agora são analisadas pela Divisão de Crimes Sexuais. Pouco convencida, Bianco apoia o concorrente Nathan Hochman na nova eleição para o cargo, que ocorre em 5 de novembro. Segundo o candidato, “Centanas de mulheres que foram vítimas de crimes indizíveis não tiveram seu dia no tribunal por conta do senhor Gascón”.
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