Diagnosticado com Parkinson em 2003, o cantor Ozzy Osbourne, de 73 anos, revelou como lidou com a doença nos últimos anos em entrevista para a revista Paste Magazine. O músico disse que sentiu muito os efeitos colaterais do remédio usado no controle dos sintomas, o qual afetou sua memória e o fez esquecer as letras das músicas.
“O [remédio] Sinemet me ferrou muito. Mas eles estão lançando novos medicamentos o tempo todo para isso, não é? Eu estava tomando aquela droga desde 2003 e minha memória desapareceu. Eu subia no palco e esquecia o que eu estava fazendo. Eu pensava: ‘qual música estamos tocando?’ ou ‘onde eu estou?’.”
O músico também relembrou do discurso que ele fez no Grammy em que repetiu as palavras duas vezes. “As pessoas estavam rindo e eu fiquei pensando: ‘por que elas estão rindo de mim?’ Sua memória simplesmente se desintegra. Para ser honesto, eu não penso muito nisso agora, apenas sigo em frente. Se você continuar se preocupando pode realmente estragar seu dia”.
Para ocupar a cabeça, Ozzy voltou para os estúdios e nos últimos quatro anos lançou dois álbuns de inéditas: Ordinary Man e o mais recente Patient Number 9. “Por causa da pandemia, além do fato de não poder andar direito, pensei: ‘O que posso fazer para colocar minha cabeça em movimento?’ Então fiz alguns álbuns, dois em quatro anos.”