Um encontro para lá de controverso ocorreu em Mar-a-Lago, a mansão de Donald Trump na Flórida, entre o ex-presidente e o rapper Kanye West, agora rebatizado apenas de Ye. Os detalhes da reunião, ocorrida no início da semana passada, começaram a surgir neste final de semana, com uma declaração de Trump afirmando que o rapper é um “homem seriamente perturbado”, que “não vai vencer” sua campanha presidencial de 2024.
“Então, eu ajudo um homem seriamente problemático, que por acaso é negro, Ye (Kanye West), que foi dizimado em seus negócios e praticamente em tudo mais, mas que sempre foi bom para mim, ao permitir um encontro em Mar-a-Lago, a sós, para que eu possa lhe dar ‘conselhos’ muito necessários”, escreveu Trump em uma rede social.
Trump ficou irritado com os convidados que Ye levou: o nacionalista branco e anti-semita Nick Fuentes e a ex-estrategista da campanha presidencial de Trump em 2016, Karen Giorno, que agora trabalha para Ye. “Ele aparece com três pessoas, duas das quais eu não conhecia, e a outra, uma pessoa política que não vejo há anos. Eu disse a ele para não concorrer ao cargo, uma total perda de tempo. Não pode ganhar. As fake news ficaram loucas!”, completou o ex-presidente.
A versão de Ye sobre o encontro não foi menos prosaica. O rapper disse que Trump ficou “impressionado” com Fuentes, mas recusou sua proposta para ser vice-presidente em uma chapa encabeçada pelo músico em 2024. Ye afirmou ainda que Trump fez comentários depreciativos sobre sua ex-esposa, Kim Kardashian e gritou a mesa dizendo que o rapper iria perder a disputa. “Eu disse: espere aí, Trump, você está falando com Ye'”, respondeu o músico. Um encontro digno de filme de terror cômico.