Um dos maiores guitarristas do Brasil, Alexander Gordin, o Lanny, morreu na madrugada desta terça-feira, 28, após quase 30 dias de internação em um hospital de São Paulo, no dia em que completaria 72 anos. A causa da morte não foi revelada. O músico, que já foi chamado de Jimi Hendrix da Tropicália, devido à sua virtuose no instrumento, foi importantíssimo na formatação do som da Tropicália, inserindo a guitarra – antes malfadada pelos músicos tradicionais – nas canções que marcaram o período. Gordin tocou ainda em LPs fundamentais de Caetano Veloso, Gal Gosta e Gilberto Gil no final dos anos 1960 e durante toda a década de 1970.
Filho de um russo e uma polonesa, Lanny nasceu em 1951 em Xangai, na China. De lá, mudou-se para Israel, onde viveu até os seis anos, quando a família finalmente veio para o Brasil. O pai se tornou uma figura conhecida na noite paulistana com a casa noturna Stardust, onde Lanny começou a se apresentar aos 16 anos. Na Stardust ele conheceu outros grandes nomes da música instrumental, como Hemeto Pascoal e o percussionista Paulinho da Costa. Com Hermeto e o guitarrista alemão Olmir Stocker, ele fundou o Brazilian Octupus, álbum cultuado até hoje. Nos anos 60 e 70 participou praticamente de todos os álbuns lançados por Caetano, Gal Costa e Gilberto Gil. Em 1970, tocou no primeiro álbum solo de Rita Lee, Build Up, e em 1971 no aclamado Carlos, Erasmo, de Erasmo Carlos.
A partir de 2016, Gordin começou a apresentar sintomas da doença autoimune, Síndrome de Guillain-Barré, e parou de trabalhar. No ano seguinte, ele ganhou um documentário, Inaudito, de Gregorio Gananian, que mostrava sua história como músico que dominava plenamente o instrumento.
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