Responsável pela gestão do legado artístico de Elis Regina, o filho mais velho da cantora, que é o produtor musical João Marcello Bôscoli, está em tratativas aceleradas para fechar um grande calendário com uma série de eventos e homenagens à cantora, que completaria 80 anos em 2025. Um dos principais itens dessa agenda será uma exposição dedicada à artista no Museu da Imagem do Som (MIS), em São Paulo, prevista para março do ano que vem. A mostra deve rodar o país depois da temporada paulista.
A exposição do MIS será também palco para outro lançamento importante relacionado à memória de Elis. Trata-se do livro que João Marcello Bôscoli começou a escrever a respeito da histórica temporada do show “Falso Brilhante”, cuja data de estreia vai completar 50 anos em 2025. A editora Belas Letras, especializada em obras de acabamento caprichado sobre grandes artistas, será responsável pelo novo título. O espetáculo que marcou para sempre a carreira de Elis, tendo no repertório “Como Nossos Pais” e outros sucessos, ficou em cartaz no Teatro Bandeirantes de dezembro de 1975 a fevereiro de 1977 em São Paulo, contabilizando 257 apresentações e público de aproximadamente 280 000 pessoas.
João Marcello completou 6 anos de idade durante a temporada e testemunhou ensaios e apresentações do “Falso Brilhante”. No livro, ele vai contar essas memórias e recuperar as lembranças de músicos e profissionais responsáveis pela produção. O show deu origem ao disco homônimo, lançado em 1976 e que se tornou um dos álbuns mais populares de Elis. O registro do repertório foi feito na época em estúdio, mas agora está previsto o lançamento de um disco com a gravação de um show daquela temporada. Esse arquivo estava perdido no acervo da TV Bandeirantes e João Marcello vai comandar o processo de restauração e tratamento do áudio. Assim, “Falso Brilhante Ao Vivo” irá se tornar outro grande item do calendário de homenagens dos 80 anos de Elis Regina.