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Escândalo no rock: roubo de letras do Eagles envolve poderosos da música

Um trio formado pelo diretor de aquisições do Hall da Fama do Rock & Roll e outras duas pessoas é acusado de tentar vender manuscritos raros da banda

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 fev 2024, 16h24 - Publicado em 13 jul 2022, 14h02

Com o tempo, manuscritos de letras de músicas se transformam em relíquias extremamente valiosas. Se for de uma canção famosa, então, o papel se torna um bem disputadíssimo por colecionadores e museus. Nos anos 1970, mais de 100 páginas de manuscritos feitos pelo co-fundador do Eagles, Don Henley, que valem ao todo 1 milhão de dólares, foram roubados. Cinquenta anos depois, três pessoas foram acusadas de tentar vender os papéis sem informar a procedência: o leiloeiro de rock Edward Kosinski, o negociante de livros raros Glenn Horowitz, e o diretor de aquisições do Hall da Fama do Rock & Roll, Craig Inciardi. Entre as acusações estão a de conspiração para vender as páginas roubadas e de mentir para as autoridades sobre a procedência do material, impedindo que Henley adquirisse os papéis novamente.

Entre os manuscritos roubados, estão as letras de músicas clássicas da banda como Hotel California, New Kid In Town e Life In The Fast Lane. Os papeis desapareceram pouco tempo depois do lançamento das músicas e ressurgiram somente anos depois. Segundo o promotor distrital de Manhattan, Alvin L. Bragg, em um comunicado à imprensa, os réus omitiram a origem dos papéis para poderem ter lucro. Os advogados dos réus disseram que as acusações são infundadas. “A promotoria alega criminalidade onde não existe e mancha injustamente a reputação de profissionais respeitados”, disseram os advogados dos homens ao jornal The Washington Post.

A maneira como os manuscritos foram roubados ainda é incerta. Uma suspeita aponta para o roubo dos manuscritos no camarim de Henley, após um show do Eagles. Outra dá conta de que as letras foram extraviadas por um assistente do músico em sua casa, em Malibu. O trio de acusados deu várias versões diferentes para justificar a posse dos papéis. Uma delas sustenta que eles conseguiram os documentos após um biógrafo repassar para eles. Em outra versão, o vocalista Glenn Frey teria dado os manuscritos para eles. Segundo os promotores, essa é uma maneira conveniente de explicar a origem sem poder comprová-la, já que Frey morreu em 2016 e não poderia contestar. Agora, a previsão é que as 100 páginas de manuscritos volte para Henley.

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