O recente aumento de casos de contaminações de Covid-19 impactou a estreia da ópera Aida no Theatro Municipal de São Paulo, nesta sexta-feira, 3, com o desfalque de mais de 30 cantores dos cerca de 80 que compõem o coro lírico. Não é possível substituir músicos do coro e da plateia foi possível notar a ausência dos músicos. “Remanejamos as cenas para compensar um efetivo menor de cantores do coro”, informou a produção antes da apresentação, por meio do sistema de som do Theatro. Também foram afastados alguns músicos da Orquestra Sinfônica Municipal, estes, porém foram substituídos.
A ópera Aida, de Giuseppe Verdi, estava pronta para estrear em 2020 no Theatro Municipal, mas foi adiada quando a pandemia foi decretada. A apresentação desta sexta-feira marcou o retorno da ópera ao palco do teatro após os dois anos de isolamento social. Além desta sexta-feira, a obra será apresentada também neste sábado, 4, e domingo, e nos dias 7, 8, 10 e 11 de junho.
Procurada pela reportagem de VEJA, a empresa Sustenidos, responsável pela gestão do Theatro Municipal, informou que 37% dos integrantes do elenco foram afastados, além do solista Paulo Mandarino, substituído por Marcelo Vanucci nas primeiras récitas. No palco, todos os músicos se apresentaram usando máscaras, exceto, obviamente, os músicos de sopro e os solistas, que tiravam as máscaras exclusivamente para cantar e tocar.