A nova formação do Linkin Park, após a trágica morte de Chester Bennington, vocalista original, em 2017, foi repleta de segredos e tinha tudo para dar errado. A nova formação, com Emily Armstrong, nos vocais e Colin Brittain, na bateria, agradou os fãs. Um novo disco, From Zero, já está pronto e será lançado nesta sexta-feira, 15, repleto de boas expectativas, no mesmo dia que a banda se apresenta no Allianz Parque, em São Paulo. Quatro integrantes originais seguem na banda: Mike Shinoda, Brad Delson, Dave Farrell e Joe Hahn.
Mas, como ocorreu a escolha dos novos integrantes e o retorno da banda, sete anos após a morte de Chester? Assim que Emily foi anunciada como nova vocalista, uma série de críticas surgiram a respeito de sua ligação com a igreja da Cientologia e seu apoio a um estuprador condenado, Danny Masterson. Emily divulgou uma declaração dizendo que não tolerava nenhum abuso e violência contra as mulheres e o assunto foi encerrado.
“Vários anos atrás, me pediram para apoiar alguém que eu considerava um amigo em uma audiência no tribunal, e fui a uma das primeiras audiências como observador. Logo depois, percebi que não deveria ter feito isso. Eu sempre tento ver o lado bom das pessoas, e o julguei mal. Nunca mais falei com ele desde então. Detalhes inimagináveis surgiram e ele foi posteriormente considerado culpado. Para dizer da forma mais clara possível: não tolero abusos ou violência contra mulheres e tenho empatia pelas vítimas desses crimes”, escreveu Emily.
Na área musical, a voz da artista, sua presença de palco e a maneira como ela passou a interpretar as canções, preenchendo-as com sua personalidade impetuosa, sem deixar de fazer reverência a Chester, agradaram aos fãs. As novas faixas, simples, diretas e com o DNA característico do Linkin Park também foram um acerto. “Quando comecei a ouvir a voz de Emily em nossas canções, foi como se fosse a primeira vez que meu cérebro passou a aceitá-la como uma cantora das músicas do Linkin Park”, disse Mike Shinoda.
O título do novo disco, “From Zero”, sugere um novo início para a banda. “Significa tanto seu começo humilde quanto a jornada que estamos empreendendo atualmente. Sonora e emocionalmente, é sobre passado, presente e futuro — abraçando nosso som característico, mas novo e cheio de vida. Foi feito com uma profunda apreciação por nossos novos e antigos companheiros de banda, nossos amigos, nossa família e nossos fãs”, escreveu Shinoda.
O show que o grupo fará em São Paulo, no Allianz Parque, na sexta-feira, 15, será transmitido ao vivo pelo canal Multishow e pela Globoplay, a partir das 20h15. Esta será a décima vez que a banda se apresenta no Brasil. A última ocorreu em maio de 2017, dois meses antes da morte de Chester Bennington. O cantor foi encontrado morto em sua residência, no sul da Califórnia. Desde, então, a banda entrou em recesso. A banda também preparou outras surpresas para os fãs brasileiros, como uma loja pop up, na Galeria do Rock, com produtos oficiais, como camisetas, pins, além do novo CD e vinil.
Um recomeço auspicioso para uma das bandas mais famosas dos anos 2000 e que enfrentou uma tragédia que poderia ter devastado seus integrantes.
Acompanhe notícias e dicas culturais nos blogs a seguir:
- Tela Plana para novidades da TV e do streaming
- O Som e a Fúria sobre artistas e lançamentos musicais
- Em Cartaz traz dicas de filmes no cinema e no streaming
- Livros para notícias sobre literatura e mercado editorial