Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

O Som e a Fúria

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Pop, rock, jazz, black music ou MPB: tudo o que for notícia no mundo da música está na mira deste blog, para o bem ou para o mal
Continua após publicidade

“Bossa nova é atemporal e universal”, diz Samara Joy, nova voz do jazz

A americana é admiradora de Rosa Passos, Elis Regina, João Gilberto e Djavan e em seu novo disco 'Portrait', gravou em inglês 'Chega de Saudade'

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 31 out 2024, 16h25
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Aos 24 anos, a cantora Samara Joy, se firmou como uma das mais belas vozes do jazz da atualidade. Em novo álbum, Portrait, lançado recentemente, ela apresenta oito faixas onde ela rejuvenesce o jazz e e o apresenta para as novas gerações. A cantora, que se apresentou no Brasil em 2023, onde cantou em português o clássico de Djavan, Flor de Lis, de quem ela é fã, e também Chega de Saudade, gravou neste álbum a versão em inglês da bossa nova, No More Blues. 

    No disco, ela é acompanhada pelo trompetista Jason Charos, o trombonista Donavan Austin, os saxofonistas David Mason e Kendric McCallister, o pianista Connor Rohrer, o baixista Felix Moseholm e o baterista Evan Sherman. Para além da regravação da canção brasileira, o disco Portrait destaca o talento de Joy como letrista, com novos arranjos que combinam suas letras ponderadas com músicas de Charles Mingus, Barry Harris e outros.

    Em entrevista a VEJA, Joy relembrou da passagem pelo Brasil e falou da pressão em ser chamada do futuro do jazz. Confira a seguir: 

    Você esteve no Brasil no ano passado para um show no C6 Festival. Que memórias guarda daquele período? Foi incrível! Foi minha primeira vez no Brasil e pude conhecer Rio de Janeiro e São Paulo. Me diverti muito apresentando em português as músicas Flor de Lis e Chega de Saudade em português.

    Em seu novo álbum, você gravou No More Blues, versão em inglês da bossa nova Chega de Saudade. Como o ritmo musical influenciou a sua música? Amo essa música. Pensei em cantá-la em português, mas tive medo de errar. Então, decidi cantá-la em inglês. Antes, eu já havia cantado em português aí no Brasil, no show no C6. É uma música popular, mas queria apresentá-la a um público mais amplo. A Bossa Nova é universal e atemporal. É incrível poder expressar minhas ideias musicais por meio desse ritmo. Embora seja enraizada no jazz, sua influência se espalha por diversos gêneros, como o pop.

    Continua após a publicidade

    Além da Bossa Nova, quais outras influências da música brasileira você tem? Admiro muito artistas como Rosa Passos, Elis Regina, João Gilberto e Djavan. Tive a oportunidade de conhecer o Djavan pessoalmente e assistir a um show incrível dele em São Paulo. A paixão do público brasileiro por diferentes estilos musicais é inspiradora.

    Como a sua vida mudou após ganhar o Grammy há dois anos? Ganhar o Grammy mudou a maneira como as pessoas me veem, mas continuo sendo a mesma pessoa. Não deixei que isso fosse o fim da minha jornada musical. Continuo fazendo música que amo.

    Você sente pressão ao ser apontada como alguém que está renovando o jazz? Sim, há uma expectativa de que eu seja a próxima grande estrela do jazz. Mas acredito que o verdadeiro impacto vem de ser autêntico e fazer música de qualidade. Artistas como Roy Hargrove e Miles Davis são exemplos disso. Eu diria que sou apenas uma das muitas vozes do jazz que estão elevando o gênero, ao lado de outros músicos, radialistas, jornalistas, promotores. Todos desempenham um papel na comunidade musical.

    O que significa este novo álbum para você? É muito especial. Tive que lutar para convencê-los a lançá-lo. É uma representação de quem sou agora e da minha decisão de ser o melhor que posso ser, seja escrevendo letras, melodias e permitindo que os membros da banda façam arranjos, fortalecendo certas coisas juntos. Eu não queria colocar tanta pressão em mim mesmo, só queria fazer a música que fosse real para mim e estou feliz que as pessoas estejam me conhecendo melhor.

    Continua após a publicidade

    Como as redes sociais influenciam a popularização do jazz e da sua música? É uma faca de dois gumes. As redes sociais são uma ferramenta poderosa para alcançar novos públicos que nunca entraram num clube de jazz e atingir um público diferente. Acho ótimo para a minha geração ter esse tipo de independência e não depender necessariamente de uma gravadora para ter audiência. No entanto, é importante equilibrar a busca por popularidade com a preservação da integridade musical. Priorizo sempre a qualidade da música.

    Acompanhe notícias e dicas culturais nos blogs a seguir:

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.