Beyoncé lima nome de Lizzo de show em meio a denúncias de ex-funcionários
Cantora está sendo processada por três dançarinas que alegam um ambiente de trabalho hostil com suposto assédio moral e sexual

A semana não tem sido das melhores para Lizzo. Depois de ser processada por assédio moral e sexual por três ex-dançarinas, a cantora parece ter sido limada por Beyoncé do show mais recente da turnê Renaissance. O nome de Lizzo, como de costume, apareceu no telão durante a apresentação de Break My Soul (Queen’s Remix), que homenageia mulheres negras da música, mas vídeos compartilhados nas redes sociais mostram que Beyoncé repetiu o nome de Eryka Badu por quatro vezes ao invés de entoar o nome de Lizzo.
O caso aconteceu depois que o processo movido contra a cantora no tribunal de Los Angeles veio à tona na terça-feira, 1. Na ação movida pelas dançarinas Arianna Davis, Crystal Williams e Noelle Rodriguez, elas descrevem o ambiente de trabalho na equipe de Lizzo como hostil, e alegam terem enfrentado episódios de assédio sexual, discriminação religiosa, racial e física, agressão e cárcere privado. O processo é também direcionado à produtora da cantora, a Big Grrrl Big Touring, Inc., e a Shirlene Quigley, capitã do time de dança.
Desde que o caso foi divulgado, outros ex-colaboradores de Lizzo vieram à público para apoiar as denúncias, relatando suas próprias experiências com a cantora. A cineasta Sophia Nahli Allison, que inicialmente dirigiria um documentário sobre Lizzo, disse que viajou por alguns dias com a cantora para a produção, mas a experiência fez com que ela abrisse mão do projeto. “Fui embora depois de cerca de duas semanas. Fui tratada com tanto desrespeito por ela. Eu testemunhei como ela é arrogante, egocêntrica e cruel”, escreveu a diretora nos Stories de seu perfil no Instagram. Já a dançarina Courtney Hollinquest compartilhou uma reportagem sobre o processo e relatou ter tido uma experiência semelhante ao trabalhar com Lizzo.
No mundo badalado da música, outra que também se manifestou sobre o assunto foi a cantora King Princess, namorada da ex-diretora de criação de Lizzo, Quinn Wilson. Em uma publicação nas redes sociais, Princess alega ter testemunhado o tratamento dado à namorada. “Eu a vi ser mal paga, subvalorizada e maltratada em primeira mão por pessoas que têm mais poder fiscal e social do que ela. Sem falar nos membros de sua própria comunidade, que devem se esforçar para elevar o trabalho de talentoso negros”, escreveu. Já Wilson compartilhou a publicação de Hollinquest e enviou apoio ao processo. “Eu não faço parte desse mundo há cerca de três anos por um motivo. Aplaudo a coragem dos dançarinos de trazerem isso à tona”, escreveu ela no Instagram.