Quando o cantor britânico Harry Styles fizer sua última apresentação no Brasil, no dia 14 de dezembro, no Allianz Parque, a fã brasileira Izabella Arouca, de 28 anos, terá assistido a 21 shows solo do ídolo desde 2018. Não contabilizados nessa conta, estão ainda outros dois shows do One Direction que ela viu em 2014, no Brasil, o antigo grupo de Styles. O périplo em busca do ídolo, no entanto, tem seu preço: somente neste ano ela já gastou 6.000 reais em ingressos. O valor final é ainda mais alto, se forem contabilizadas as passagens de avião e hospedagem. “Não gosto nem de pensar no valor final para não me assustar”, diz. A maratona brasileira começa nesta terça-feira, 6, também no Allianz Parque. Na sequência, ela vai para o Rio de Janeiro, onde Harry se apresenta no dia 8, depois para Curitiba, no dia 10, e retorna para São Paulo, com shows em 13 e 14 de dezembro.
“A música de Harry sempre foi constante nos altos e baixos da minha vida. É por isso que ele é tão importante. Quero que ele seja muito bem-sucedido”, afirma. Apesar de nunca ter encontrado pessoalmente com o ídolo, ela acompanha Styles desde a formação do One Direction em 2010, no reality X-Factor. Foi somente em 2018 que ela viu o primeiro show solo do ídolo, que visitou o Brasil para duas pequenas apresentações no Rio e em São Paulo. Com amigas nos Estados Unidos e no Reino Unido, todas também fãs de Harry, ela combinou de assistir aos shows dele nesses lugares. Ainda em 2018, Izabella viajou para Los Angeles, onde assistiu ao último show da turnê daquele ano. Em 2019, pouco antes do início da pandemia, assistiu a mais um nos Estados Unidos. Em 2021, foi a vez de Nova York, após a pandemia regredir.
Mas, foi somente após a morte prematura de seu pai que Izabella decidiu se jogar em busca do ídolo. “Eu pensei: ‘não quero mais me segurar. Quero viver a vida'”, diz. Desde então, só neste ano, ela emendou uma maratona internacional para acompanhar Styles ao viajar para Londres e assistir aos dois shows que o cantor fez no estádio de Wembley. Depois, ela foi para Nova York para assistir a sete apresentações no Madison Square Garden. E agora, mais cinco shows no Brasil.
Para os shows no país, ela conta que já havia comprado os ingressos das duas primeiras apresentações antes da pandemia. As outras datas extras que abriram, ela conseguiu comprar após ficar de plantão no site de venda de ingressos. Apesar da paixão pelo ídolo, ela diz que só dormiu na fila uma vez, para ver os shows do One Direction, lá em 2014. Desde então, ela se contenta em apenas assistir os shows – sem ficar na grade. “Na época do One Direction, Harry até jogou a camiseta para mim”. O amor dos fãs, realmente, não tem preço.