A estratégia de Taylor Swift para se manter no topo das paradas musicais
Cantora deixou discos de Charli XCX e Billie Eilish comerem poeira na disputa pela liderança em vendas
Desde que lançou o disco The Tortured Poets Department, em 19 de abril, Taylor Swift conquistou o topo de diversas paradas musicais ao redor do mundo. A superestrela está há dois meses no primeiro lugar da Billboard 200, lista de álbuns mais populares nos Estados Unidos, e também impera no Reino Unido, onde alcançou a liderança em vendas pela sexta semana consecutiva.
A supremacia da loirinha, porém, não veio sem luta. Sempre que algum artista ameaça derrubá-la, Swift tira da manga uma edição alternativa do álbum, com faixas bônus, brindes colecionáveis e artes de capa diferentes, a fim de se manter em primeiro lugar. A estratégia tem funcionado, e até o momento, 34 variantes de The Tortured Poets Department foram lançadas. Com mais canções circulando e uma base de fãs ávida por consumir todo o trabalho, as vendas da cantora aumentam significativamente, barrando qualquer outro artista na corrida para o topo.
Foi o que aconteceu na última sexta-feira, 14, quando Swift levou a melhor em uma disputa contra Charli XCX. O novo álbum da britânica, Brat — que também é o disco mais bem avaliado de 2024, segundo o Metacritic — estreou em segundo lugar no ranking do Reino Unido, mesmo tendo liderado as vendas no país ao longo da semana. Tudo mudou na noite de quinta-feira, 13, quando Swift lançou mais seis edições de seu álbum. O detalhe sagaz é que tais versões estavam disponíveis para compra apenas no Reino Unido, e por tempo limitado — as vendas se encerraram às 23h59 do mesmo dia, momento que marcava o fim da apuração semanal de vendas pela parada britânica.
Em uma postagem nas redes sociais, o time de relações-públicas de Taylor Swift alegou que as edições foram lançadas para celebrar a passagem da turnê The Eras pelo Reino Unido — a cantora havia, de fato, visitado o país com seu mega espetáculo na semana anterior. Mas a explicação não convenceu alguns internautas. “Eu gosto das músicas da Taylor Swift, mas lançar uma versão exclusiva de um álbum de 2 meses atrás só no Reino Unido para evitar que a Charli XCX fique no topo das paradas é um comportamento muito bizarro”, comentou um usuário no X, antigo Twitter. Outros lembraram que essa não foi a primeira vez em que a superestrela lançou variantes de The Tortured Poets Department com um timing perspicaz: em meados de maio, quando Billie Eilish lançou seu terceiro álbum de estúdio, Hit Me Hard And Soft, Swift surgiu com mais seis versões de seu disco. Ela também reabasteceu o estoque de CDs de outras quatro variantes que estavam esgotadas.
Eilish até tentou revidar na mesma moeda — a jovem disponibilizou três edições alternativas de seu álbum exclusivamente para os Estados Unidos, na esperança de conquistar o primeiro lugar na parada da Billboard —, mas não foi páreo para a avalanche de lançamentos de Swift, que seguiu na liderança do ranking. Na ocasião, o empresário de Billie Eilish, Danny Rukasin, republicou — e logo na sequência excluiu — uma postagem nas redes sociais acusando Swift de “fazer de tudo para impedir que outros artistas brilhem”.
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