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Temer chama o Pires, mas não havia Pires

Quem pariu Mateus que o embale

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 28 Maio 2018, 08h01 - Publicado em 28 Maio 2018, 08h00
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  • Sempre que se via contrariado, João Figueiredo, o último presidente da ditadura militar de 64, ameaçava chamar o Pires.

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    O Pires de Figueiredo era o general Walter Pires, ministro do Exército, sempre disposto a botar para quebrar.

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    O presidente José Sarney, empossado pela junta médica que cuidou do presidente enfermo Tancredo Neves, tinha seu Pires.

    Era o general Leônidas Pires Gonçalves, ministro do Exército, um Pires menos brucutu, mas assim mesmo um Pires.

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    Foi Leônidas, com um exemplar da Constituição nas mãos, quem disse primeiro que Sarney sucederia a Tancredo.

    Ele foi decisivo para que Sarney arrancasse da Constituinte de 1988 o mandato de cinco anos como queria, e não de quatro.

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    O presidente Michel Temer imaginou que o general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, poderia ser o seu Pires.

    Não se sabe o que os dois conversaram recentemente sob rigoroso sigilo e por iniciativa de Temer.

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    Mas se para enfrentar a greve dos caminhoneiros Temer precisava de um Pires como Walter ou Leônidas, faltou-lhe um.

    Temer chamou o Exército para desbloquear as estradas e fazer mais o que fosse necessário. Villas Bôas fingiu ouvir.

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    Helicópteros do Exército sobrevoaram estradas, pequenos contingentes de tropas apareceram aqui e acolá, e foi só.

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    Os militares da ativa se recusam a fazer o trabalho sujo que os políticos querem jogar no seu colo.

    Os de pijama até que topariam fazer – mas cadê tropas para isso? Disparam nas redes sociais e depois vão jogar dominó.

    Quem pariu Mateus que o embale. Lula, Dilma, Temer não foram paridos na caserna.

    Bolsonaro é coisa do baixo clero de farda. General não bate continência para capitão. Jamais para um suspeito de traição.

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