Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana

Noblat

Por Coluna Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Roraima serve de palanque à campanha de Trump à reeleição

Servidão política

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 18 nov 2020, 19h57 - Publicado em 19 set 2020, 08h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • E se tivesse sido o contrário? Imagine Hillary Clinton presidente dos Estados Unidos, depois de ter derrotado há dois anos Donald Trump, e agora candidata à reeleição.

    Imagine que ela despachasse seu Secretário de Estado para algum país vizinho ao Brasil, e que, de lá, ele atacasse o governo de Jair Bolsonaro e pregasse a sua derrubada. Que lhe pareceria?

    Uma intervenção indébita em assuntos internos do Brasil? Uma prova da submissão ao governo americano do país que serviu de palanque ao emissário de Hillary?

    O eleitorado latino nos Estados Unidos é forte. E conquistá-lo, uma das metas de qualquer candidato a presidente, ainda mais numa eleição disputada voto a voto.

    Bolsonaro concordou que o Secretário de Estado Mike Pompeo usasse Roraima como set de filmagem para espinafrar o governo venezuelano de Nicolás Maduro, do outro lado da fronteira.

    Continua após a publicidade

    E Pompeo, ocupado em ajudar Trump a se reeleger, não se fez de rogado. Chamou Maduro de “traficante de drogas”. E lembrou que havia uma recompensa milionária para quem o prendesse.

    Ao lado do embaixador Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores do Brasil, Pompeo renovou o compromisso do seu governo com a queda por qualquer meio do regime Maduro.

    Roraima abriga o maior campo de refugiados venezuelanos do continente. Só no Brasil são quase oito mil. A Flórida, Estado-chave na equação eleitoral americana, é um reduto de latinos.

    Continua após a publicidade

    Nos primeiros meses do governo Bolsonaro, sob pressão americana, até falou-se levianamente por aqui de uma possível invasão da Venezuela. O Brasil carece de poderio militar para isso.

    Bolsonaro fez o que estava ao seu alcance à época. Apoiou o deputado Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente da Venezuela, e deslocou tropas para a fronteira.

    Encenou-se uma invasão que jamais aconteceu. De lá para cá, Guaidó perdeu força e a oposição ao governo Maduro dividiu-se. Deverá participar das próximas eleições ao invés de sabotá-las

    Continua após a publicidade

    O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, protestou contra a visita de Pompeo. “O Brasil deve preservar a estabilidade de fronteiras e o convívio pacífico com os países vizinhos”, disse. E acrescentou:

    – A visita do Secretário de Estado americano não condiz com a boa prática diplomática internacional e afronta as tradições de autonomia e altivez de nossas políticas externa e de defesa.

    Um dia antes da visita de Pompeo, o governo brasileiro havia pedido à comunidade internacional que não apoiasse as eleições legislativas venezuelanas marcadas para daqui a três meses.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.