Isolada por terra do resto do país, Manaus escapou incólume aos efeitos da greve dos caminhoneiros. Mas viveu uma semana infernal com a greve do transporte coletivo deflagrada pelo Sindicato dos Rodoviários, controlado pelo PC do B. Ali, há 12 anos, três irmãos se revezam nos cargos de presidente, secretário e tesoureiro.
Na última quinta-feira, os donos de empresas de ônibus ofereceram um reajuste salarial de 6,5% para pôr fim à greve. A proposta foi recusada pelo sindicato que pedia mais. No final da semana, moradores da zona leste de Manaus, a mais pobre da cidade, revoltaram-se e destruíram 61 ônibus.
Anteontem, patrões e empregados finalmente celebraram um acordo e a vida em Manaus voltou ao normal. O reajuste salarial será de 5,5%. Sim, foi isso que você leu – 5,5%. Quem podia ter ganhado mais contentou-se com menos.