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Atualizado em 8 ago 2018, 08h30 - Publicado em 8 ago 2018, 08h30
Invente uma história que possa parecer verossímil. Depois faça com que ela circule entre operadores do mercado financeiro. Se a eles a história parecer possível, o movimento da Bolsa de Valores será afetado. Depois procure o alvo principal da história. Obrigue-o a dizer alguma coisa a respeito. E pronto. O boato vira notícia.
Foi o que aconteceu ontem com a história de que Laurence Casagrande Lourenço, ex-secretário do governo de Geraldo Alckmin, investigado e preso por suspeita de fraudes em obras da Rodoanel Trecho Norte, teria delatado o candidato do PSDB à presidência da República.
A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em baixa de 1%. Procurada, a defesa de Casagrande Lourenço negou que seu cliente tivesse delatado ou pensasse em delatar. Perguntado por repórteres se temia a delação, Alckmin negou três vezes. Foi o que bastou: “Alckmin diz não temer delação de ex-secretário”.
Àquela altura, nem seria preciso que Alckmin dissesse alguma coisa. Se nada dissesse, haveria notícia de qualquer jeito: “Alckmin silencia sobre suposta delação que o atinge”.
Giro VEJA - quinta, 7 de novembro
Biden discursa sobre vitória de Trump e cerco se fecha para Cláudio Castro
O presidente dos Estados Unidos Joe Biden se pronunciou nesta quinta-feira, 7, pela primeira vez, sobre a vitória do republicano Donald Trump sobre a sua vice, Kamala Harris, nas urnas. Biden prometeu uma transição de governos pacífica e disse que respeitará a escolha dos estadunidenses pela sigla adversária. E a procuradoria-Geral da República pediu ao TSE que o governador do Rio de Janeiro Claudio Castro e o presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar, sejam cassados, declarados inelegíveis por oito anos. A presidência americana, o cerco em torno de Castro e a movimentação para sucessão de Arthur Lira na Câmara são destaques do Giro VEJA.
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