A essa altura, nem mesmo se o encarcerado de Curitiba batesse no peito, confessasse seus pecados e prometesse se emendar ao fim de sua pena de 12 anos e um mês de cadeia haveria chance de o PT eleger Fernando Haddad presidente da República.
A vantagem de Jair Bolsonaro (PSL) equivale a 19 milhões de votos, descontados os nulos e brancos, segundo a mais recente pesquisa do Ibope. Para vencer, Haddad precisaria virar a seu favor algo como 1,5 milhão de votos por dia ao longo dos próximos 13 dias.
Haddad ainda ganha entre as mulheres por uma diferença de oito pontos percentuais, entre os que só estudaram até a quarta série do ensino fundamental e entre os que ganham até um salário mínimo. E no Nordeste, seu reduto de votos, Bolsonaro avança.
A abstenção no Nordeste deverá ser maior do que foi no primeiro turno. Só haverá disputa para os governos do Rio Grande do Norte e Sergipe. Significa que nos demais Estados não haverá candidatos empenhados em estimular os eleitores para que votem.
Bolsonaro nada tem a perder se faltar aos debates já marcados. E tudo indica que é isso o que ele fará. Debater é sempre um risco. E Bolsonaro está sendo aconselhado a não correr risco algum. O melhor para ele seria ir dormir hoje e só acordar no dia do segundo turno.
O PT reduziu-se a um partido do Nordeste. Pior: poderá sair desta eleição apenas como um partido dos grotões do Nordeste.