Aberta a porteira para que Lula possa conceder entrevistas como é possível a qualquer preso, mas a ele não era, o ex-presidente coleciona cerca de 30 pedidos para que fale.
Ocorre que a direção nacional do PT concluiu que o melhor neste momento é que Lula fique de boca fechada. Melhor que fique quieto só a observar o que possa acontecer.
O ex-juiz Sérgio Moro, o algoz de Lula, está na berlinda desde a revelação de suas conversas com o procurador Deltan Dallagnol. A Lava Jato, em xeque. Um novo lote de conversas está para sair.
Até o fim do mês, o Supremo Tribunal Federal decidirá a sorte de Lula em duas ocasiões: quando deliberar sobre prisão em segunda instância e quando julgar um pedido de habeas corpus para ele.
Nada de marola ou de marolinha, pois. Todo cuidado é pouco para que uma frase, uma palavra mal colocada não se volte contra ele. O PT acha que Lula nunca esteve tão perto de poder respirar melhor.
Quer dizer: de sair da prisão para trabalhar durante o dia, retornando à noite. Ou de cumprir o resto da pena dentro de casa com ou sem tornozeleira eletrônica.