O protagonismo internacional de Dilma Rousseff, a presidente da República vítima do “golpe” aplicado pela “direita inconformada com o sucesso do PT”, incomodava Lula mesmo antes da prisão dele.
Foi por esse motivo, mas não só, que antes de recolher-se à cela de Curitiba ele a convenceu a transferir para Minas Gerais seu domicílio eleitoral. E convenceu Fernando Pimentel a lançá-la candidata ao Senado.
O governador de Minas não tinha como dizer não a Lula. Muito menos a Dilma de quem foi companheiro de luta armada contra a ditadura militar de 64, e a quem serviu como ministro do Desenvolvimento e Indústria.
A solução para Lula virou um problema para Pimentel. E ele o disse a Gleisi Hoffmann (PR), presidente do PT. A candidatura de Dilma ao Senado foi o pretexto usado pelo PMDB mineiro para romper com Pimentel.
“Se eu não me reeleger, terá sido por isso”, admite Pimentel em conversas com aliados.