Pois bem, apesar de o preço do dólar ter se estabilizado recentemente e voltado a um patamar razoável para quem quer viajar para fora do país, muita gente ainda está em dúvida no momento de decidir o destino das próximas férias (me incluo nesta categoria).
Em tempos de crise e vacas magras, sair por aí gastando dólares ou euros não é uma boa ideia. O que fazer, então? Viajar pelo Brasil?
Sim, esta pode ser uma boa saída para quem quer economizar. Mas vale lembrar que depende do destino escolhido e da data. Passar o ano novo no Rio, por exemplo, pode sair mais caro do que carimbar seu passaporte em outro país. Pense comigo.
Com a valorizarão do dólar e a queda no número de viagens ao exterior, as companhias aéreas estão fazendo promoções praticamente todos os dias para tentar reaquecer o mercado. Outro dia mesmo vi passagens para o Japão por menos de R$ 1500, o que, levando-se sem conta que para chegar você tem que cruzar meio mundo, literalmente, é uma pechincha.
Ou seja, se encontrar um bilhete com bom preço, basta então escolher uma cidade onde o real tenha bom poder de compra.
Eis algumas opções.
1. Cidade do México, México
Além de ter voos diretos, a passagem para a capital mexicana não é das mais caras. O custo de vida por lá é bem acessível para nós, brasileiros. Uma boa refeição, sai em média por R$ 50. Claro que é possível gastar menos ou mais. Há muitas opções de hoteis, em todas as faixas de preço. Andar de taxi não é caro, mas de Uber é melhor ainda. Funciona super bem e é ainda mais em conta. Fui ao México pela primeira vez no ano passado e fiquei muito bem impressionada com o país, que tem muita coisa bonita para se ver (mesmo na capital federal) e com o povo, muito gentil e educado.
Três passeios imperdíveis: Museu Frida Khalo, Praça da Constituição e Torre Latinoamericana
2. São Petersburgo, Rússia
Esqueça Moscou e vá direto para São Petersburgo. Além de mais barata do que a capital russa, a maioria dos turistas prefere a cidade onde foi inventado o estrogonofe, especialmente por sua bela arquitetura. Acredite se quiser, comer um bom prato por lá sai por menos de R$ 20. Como é uma cidade bastante turística, há boas e variadas opções de hotéis. Táxis e transportes públicos são baratos também. Seu maior gasto, neste caso, será a passagem aérea. Mas, ao contrário dos mexicanos, achei o povo russo bem menos simpático e hospitaleiro. A não ser quando tem vodka envolvida 😉
Três passeios imperdíveis: Museu Hermitage, Catedral do Sangue Derramado e Fortaleza de São Pedro e São Paulo
3. Cidade do Cabo, África do Sul
Apesar de ser um pouco mais cara do que Joanesburgo (para onde há voos diretos do Brasil), a beleza natural da Cidade do Cabo compensa. A cidade também é conhecida por ter a melhor culinária do país e centenas de bons restaurantes. Por um bom jantar, espere gastar em média R$ 60. Há muitas opções de passeios pela cidade e seus arredores. Um dos programas que valem a viagem é uma visita à Robben Island, onde Nelson Mandela ficou preso por 18 anos. Um tour que inclui ferry, entrada no museu, passeio de ônibus pela ilha e visita ao presídio custa R$ 72.
Três passeios imperdíveis: Table Mountain National Park, Cape Winelands e Robben Island
4. Santiago, Chile
Um dos destinos da moda atualmente, o Chile é uma boa opção para quem não quer gastar muito dinheiro. Por ser uma viagem curta, sua estadia pode ser menor do que se você decidir partir para outro continente. Outra vantagem é o preço das passagens, bem mais em conta que para outros destinos. Localizada no meio da cordilheira dos Andes, Santiago é uma cidade praticamente plana e é possível fazer vários passeios a pé, especialmente no centro histórico. Uma boa refeição custa entre R$ 40 e R$ 60. Para os que tiverem mais tempo e dinheiro, ainda é um bom ponto de partida para visitar outros lugares, como Valparaíso e Viña del Mar, por exemplo.
Três passeios imperdíveis: Cerro San Cristóbal, Viña Aquitania e Museo Chileno de Arte Precolombino
5. Budapeste, Hungria
Quem disse que não há opções na Europa em tempos de vacas magras? Budapeste está aí para provar isso. Geralmente ofuscada por Praga, a cidade húngara não deixa nada a desejar para sua “rival”. Muito pelo contrário. Sei que nem todo mundo vai concordar comigo, mas acho Budapeste mais alegre e viva do que Praga. Fora da alta temporada (leia-se verão europeu) é possível achar excelentes promoções em hotéis de primeira linha, como o Kempinski, por exemplo, com diárias a menos de R$ 350. Atrações turísticas não faltam na cidade, assim como bons restaurantes. Uma bom jantar italiano, regado a vinho e com sobremesa pode custar menos de R$ 140.
Três passeios imperdíveis: Castelo de Buda, Parlamento e caminhar na Vaci Utca