O faturamento total com conteúdo editorial digital no Brasil em 2016 foi de mais de 42,5 milhões de reais. A quantia representa apenas 1,09% do total do mercado de livros nacional, excluindo a venda do setor governamental, de acordo com uma pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (Fipe). Mas seria o dobro do registrado em 2015, quando o digital representava 0,5% de todo o bolo do mercado editorial, se a comparação fosse possível — o estudo de agora é mais abrangente, tem 294 editoras com conteúdo virtual, contra 189 na pequisa anterior.
O Censo do Livro Digital, realizado a pedido da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato Nacional de Editores de Livros (Snel) e divulgado nesta quarta-feira, ainda mostra que, das 794 editoras nacionais analisadas, 294 comercializam conteúdo digital, o que representa 37% do setor. Somente em 2016, foram comercializados mais de 2,7 milhões de e-books no Brasil, entre títulos novos e acervos.
Considerando apenas as editoras de maior porte, conhecidas como as de categoria D (com faturamento de 50 milhões de reais à base de livros físicos e acima de 1 milhão de reais com digitais), a representatividade do conteúdo digital cresce para 4,51% do mercado, dentro do subsetor de obras gerais, que abrange todas as editoras de obras como literaturas e biografias.
O acervo total de e-books brasileiros já era de quase 50 000 títulos até dezembro de 2016. Este foi o primeiro ano em que o censo foi realizado no país. Desde 2014, os dados sobre mercado editorial digital estavam integrados na pesquisa Produção e Venda do Setor Editorial Brasileiro, realizada pelas mesmas entidades.