Levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o retorno financeiro da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) mostra que a economia criativa ainda tem força, apesar da crise que domina o país há anos. Segundo o estudo, a edição deste ano do evento – que teve investimento público de 3 milhões de reais, via lei de incentivo, e 500.000 reais de outras fontes – teve um impacto econômico de 47 milhões de reais.
Dito de outra forma: cada real investido na Flip 2018 resultou em 13,42 reais para a sociedade (dinheiro movimentado com hotéis, transporte, gastos em bares e restaurantes, compra de livros) e 1,56 real para o governo (na forma de impostos que somam 4,7 milhões de reais).
A festa ainda cria demanda indireta, para os fornecedores de hotéis, restaurantes, bares e companhias de transporte. É o que a FGV chama de efeito cascata.
A pesquisa foi encomendada pelo Ministério da Cultura (MinC). O levantamento estimou um público de 26.400 pessoas nos quatro dias de evento. Destas, 1,9% (502) são estrangeiras, 45,3% (11.959) são brasileiras de outros municípios, 9,1% (2.402) são excursionistas (aqueles que vão ao evento, mas não pernoitam na cidade) e 43,7% (11.537) vivem em Paraty.
Realizada de 25 a 29 de julho, a 16ª Flip teve como homenageada a escritora paulista Hilda Hilst.