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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Weintraub fica em silêncio em depoimento no inquérito das fake news

Ministro da Educação seria ouvido no prédio da pasta, em Brasília, mas se recusou a dar declarações para explicar porque pediu a prisão de ministros do STF

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 Maio 2020, 18h54 - Publicado em 29 Maio 2020, 17h34
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  • O ministro da Educação, Abraham Weintraub, permaneceu em silêncio em depoimento nesta sexta-feira, 29, no âmbito do inquérito das fake news, aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, a Polícia Federal foi à pasta, mas Weintraub não respondeu as mais de uma dezena de perguntas que haviam sido preparadas pelos investigadores. 

    O ministro da Educação está sendo questionado por defender a prisão dos magistrados do STF, os quais chamou de “vagabundos” na desastrosa reunião ministerial do dia 22 de abril. Nesta quinta-feira, 28, diante da iminência do depoimento, a família Bolsonaro escalou do ponto de vista retórico, com críticas e ameaças contra a corte, mas a opção final de resposta foi por um pedido de habeas corpus impetrado pelo ministro da Justiça, André Mendonça.

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    Os policiais tinham o objetivo de esclarecer a manifestação de Weintraub na reunião, que foi tornada pública somente na passada, após o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, que pediu demissão acusando o presidente Jair Bolsonaro de interferir politicamente na PF, apresentar o encontro ministerial como prova. A declaração de Weintraub passou a ser investigada no inquérito das fake news, que apura ameaças da milícia digital bolsonarista contra a corte.

    No pronunciamento enraivecido desta quinta, 28, o presidente Bolsonaro disse que Weintraub não era “o criminoso” e hoje o condecorou. No STF, havia expectativa de alguns ministros que ele fosse demitido e que o gesto reduzisse o grau de tensão na atual crise entre os poderes. Mas o governo preferiu mantê-lo e prestigiá-lo. Como o ministro faz declarações sempre muito desconexas, ele se manter em silêncio é garantia de que não produzirá provas contra si mesmo. Apesar de a fala na reunião ter sido autoexplicativa.

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