Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana

Matheus Leitão

Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
Continua após publicidade

Todo mundo quer um general para chamar de seu

A ida de Ajax Pinheiro para a assessoria do novo presidente do STJ é parte do movimento que espalhou oficiais por áreas da administração direta e indireta

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 set 2020, 10h20
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Nos dois anos antes das eleições de 2018 a imagem das Forças Armadas chegou à aprovação recorde. Era o trabalho das décadas anteriores, após a ditadura (1964-1985), quando os militares se concentraram em seu trabalho constitucional. Nessa onda surfou o então candidato Jair Bolsonaro, apesar de ter saído do Exército há mais de três décadas e pela porta dos fundos. A partir da eleição, o presidente tem tentado puxar os militares para cargos políticos. E isso detonou uma onda oportunista em vários setores para nomear oficiais como assessores.

    O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) aderiu à moda rapidamente. Primeiro disse que o golpe de 1964 não era o que sempre será, mas apenas um “movimento”. Em seguida, colocou o general Fernando Azevedo e Silva como um dos seus principais assessores na corte, o militar que fazia a ponte entre os poderes executivo, judiciário e a caserna.

    Fernando Azevedo seguiu seu caminho e virou o ministro da Defesa, posto que comanda as três forças militares. Toffoli não se fez de rogado e logo convidou outro general, Ajax Porto Pinheiro, para ser seu novo assessor especial na corte. Como deixa o posto de presidente do STF no próximo dia 10, mais um magistrado de uma alta corte quis um general para chamar de seu.

    Como informou o Radar, o ministro Humberto Martins, novo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), levou para o gabinete da Secretaria-Geral do tribunal, órgão diretamente ligado ao gabinete da presidência, o mesmo general Ajax Pinheiro, agora já experiente assessor em tribunais. Será, segundo a coluna, a ponte entre a corte, o governo e os militares.

    Desde o regime militar, não se via tanto assédio nos generais para postos espelhados pela Esplanada dos Ministérios. Oficiais menos estrelados também têm se espalhado em inúmeros órgãos públicos, ocupando todo o comando dos Correios, por exemplo, e os conselhos de administração das estatais. Além do vice Mourão, o presidente tem o general Braga Netto na Casa Civil; o general Augusto Heleno no Gabinete de Segurança Institucional (GSI); e o general Luiz Eduardo Ramos, na Secretaria de Governo. Isso só no Palácio do Planalto.

    Outro general – Eduardo Pazuello – está interinamente no Ministério da Saúde há 107 dias – durante a maior pandemia dos últimos 100 anos. No início, era apenas um tapa buraco após dois médicos serem retirados da pasta por Jair Bolsonaro. Mas ficou. E é o ministro da Saúde. Com o passar do tempo, os generais ocuparam importantes espaços dos três poderes brasileiros. É o tempo deles. De novo.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.