Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana

Matheus Leitão

Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
Continua após publicidade

Regina Duarte e ministro do Turismo travam disputa em torno de cargos

Marcelo Álvaro Antônio tem nomeado quadros na Cultura sem aprovação da atriz, que já deu o troco com exonerações

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 set 2020, 15h32 - Publicado em 22 abr 2020, 09h03
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A lua de mel entre a secretária especial da Cultura, Regina Duarte, e o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, parece ter chegado ao fim. Segundo informações de integrantes da área de Cultura no governo federal, o estranhamento entre os dois gestores começou com os rumores de recriação do Ministério da Cultura.

    Desde a primeira perda do status de ministério em 2016 – por decisão do então presidente Michel Temer -, a Secretaria Especial da Cultura já passou pelos ministérios da Educação e da Cidadania. Em novembro de 2019, foi transferida novamente, desta vez para o Ministério do Turismo.

    Ao empossar a atriz Regina Duarte, em março, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que ela merecia mais do que uma secretaria. No entanto, segundo o presidente, ela teria de passar por um “momento probatório“.

    De acordo com integrantes do governo, a retomada de um ministério exclusivo para o setor cultural é pouco provável porque a decisão iria na contramão do eleitorado de Bolsonaro. Ainda assim, uma alternativa para ampliar o status da secretaria gerida por Regina Duarte seria reimplantar, por decreto, o Ministério do Turismo como Ministério do Turismo e da Cultura. E é justamente aí que está o cerne do incômodo entre a secretária da Cultura e o ministro do Turismo. Quem seria o titular da pasta? Álvaro Antônio ou Regina Duarte?

    Continua após a publicidade

    Nos últimos dias, Marcelo Álvaro Antônio nomeou pessoas para cargos estratégicos no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), sem consultar Regina Duarte. A indicação mais recente foi da blogueira Monique Batista Aguiar para a coordenação do Iphan no Rio de Janeiro.

    O Iphan sempre esteve subordinado à Secretaria Especial da Cultura, mas Marcelo Antônio tem um projeto político que passa pelo Instituto. Especialmente no seu estado, Minas Gerais. A ideia do ministro do Turismo, segundo informado à coluna, é comandar tudo o que não diga respeito às artes cênicas e visuais.

    Regina Duarte, em contrapartida, já tirou aliados de Marcelo Álvaro Antônio da Fundação Nacional de Artes (Funarte). Um deles é Leônidas José de Oliveira, demitido por Regina da direção executiva da Fundação. Leônidas, que já foi secretário municipal em Belo Horizonte, é considerado pelo setor como um respeitado quadro técnico.

    Continua após a publicidade

    “Eu era o mais graduado na área e o que tinha maior bagagem de gestão, mas não guardo mesmo ressentimento [em relação à demissão] de Regina. Sou técnico”, afirmou Leônidas de Oliveira à coluna.

    ASSINE VEJA

    Covid-19: Sem Mandetta, Bolsonaro faz mudança de risco nos planos
    Covid-19: Sem Mandetta, Bolsonaro faz mudança de risco nos planos A perigosa nova direção do governo no combate ao coronavírus, as lições dos recuperados e o corrida por testes. Leia na edição desta semana. ()
    Clique e Assine

    Regina Duarte foi apoiadora de Jair Bolsonaro nas eleições e acabou convidada a assumir a Secretaria Especial da Cultura em janeiro, tomando posse em março, após um longo período de “namoro” e “noivado”, até chegar finalmente ao “casamento”, conforme o próprio presidente tratou o tema na época.

    Continua após a publicidade

    A área da cultura no governo Bolsonaro sempre foi recheada de polêmicas, passando por várias baixas até a chegada de Regina Duarte. O pior momento, contudo, foi a divulgação de um vídeo institucional do então secretário Roberto Alvim, que usou referências nazistas inspiradas no ministro da Propaganda de Hitler, Joseph Goebbels. Alvim foi exonerado após pressão da opinião pública. Dias depois, Regina Duarte foi convidada a ocupar a secretaria.

     

    Siga a coluna no Twitter, no Instagram e no Facebook 

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.