Assine VEJA por R$2,00/semana
Matheus Leitão Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
Continua após publicidade

PF monitorou criança de 6 anos, diz defesa de governador

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 15 mar 2022, 16h02
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Está nas mãos da ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nancy Andrighi um pedido de suspensão das investigações contra o governador do Acre, Gladson Cameli, na Operação Ptolomeu, que apura suposta corrupção no governo estadual.

    Publicidade

    A coluna conseguiu  acesso à petição da defesa de Cameli, no processo que corre em sigilo.

    Publicidade

    O pedido tem como base o uso do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para investigar a família do governador sem o consentimento do tribunal.

    Além do governador, foram monitorados a sua esposa e até seu filho de apenas seis anos de idade, que não fazem parte do rol de investigados, diz a defesa.

    Publicidade

    Para os advogados do governador, “a requisição de RIFs ao COAF sobre a esposa do governador, o filho do governador e sobre as empresas das quais Gladson Cameli é sócio, viola, por via oblíqua, o juiz natural da causa, no caso, esse Superior Tribunal de Justiça, que teve sua competência dolosamente usurpada em investigação de governador de Estado que, de forma notadamente ilegal, tramitou perante o Tribunal Regional Federal da 1ª Região. E há mais. Não bastasse a flagrante usurpação da competência dessa Corte, certo é que a situação dos autos traz outro problema igualmente grave, mas que passou despercebido por esse Superior Tribunal de Justiça. Trata-se da forma de disseminação dos RIFs do COAF, que foram dolosamente requisitados pela Polícia Federal que, em sua sanha investigativa, demandou a elaboração de relatório acerca das operações financeiras da família do Governador Gladson Cameli.”

    Continua após a publicidade

    A defesa afirma ainda que vê risco de o caso do Acre legitimar qualquer autoridade policial do país a requisitar relatórios do COAF de familiares de qualquer autoridade com foro.

    Publicidade

    A Operação Ptolomeu começou a partir de inquérito conduzido perante a Justiça Federal no Acre. Após o surgimento de prefeitos na investigação, o caso migrou para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em razão de foro privilegiado.

    No âmbito do TRF-1, outras medidas cautelares foram autorizadas. Em maio de 2020, a PF pediu a quebra de sigilo telefônico dos investigados. Em uma dessas conversas interceptadas com o aval da Justiça, surgiu uma citação ao “governador” (à época, Gladson Cameli).

    Publicidade

    Uma das possibilidades,  diante da descoberta da investigação não autorizada pela Justiça, é que o STJ declare a nulidade de todo o relatório que envolva o núcleo familiar do governador, além do trancamento do inquérito e a revogação das medidas cautelares impostas contra o político.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.