A nova rodada Genial/Quaest trouxe boas notícias para o presidente Jair Bolsonaro e indicou que Lula, além de ter que rever suas estratégias, começa a ter um problema em comum com seu principal adversário: a rejeição.
Na terça, 13, a coluna mostrou que, segundo a pesquisa Ipec, a rejeição crescente é o calcanhar de Aquiles de Bolsonaro.
A nova rodada Genial/Quaest mostra que a rejeição crescente também começa a ser um problema para Lula.
Segundo o levantamento, o petista tem hoje 47% de rejeição. Há um ano, esse índice era de 40%. Ao mesmo tempo, Bolsonaro melhorou seus números: tem agora uma rejeição de 52% enquanto há um ano tinha um índice de 62%.
No histórico das pesquisas, a rejeição entre os dois já chegou a ter uma diferença de 23 pontos. Em fevereiro deste ano, por exemplo, Bolsonaro era rejeitado por 66% dos eleitores e Lula por 43%.
Ao contrário dos dados do Ipec, quem está em rejeição crescente – segundo a Genial – é o petista e isso pode explicar as boas notícias que o levantamento trouxe para o atual presidente.
Acompanhando a queda na rejeição, o desempenho de Bolsonaro tem sido melhor avaliado pelos eleitores. Pela primeira vez desde julho deste ano, o número de eleitores que acredita que Bolsonaro está fazendo o que pode é o mesmo dos que acham que ele não faz o que pode para resolver os problemas do país: 48%.
A notícia é surpreendente inclusive entre os eleitores de Lula. Nesse grupo, subiu quatro pontos percentuais o número de pessoas que acha que Bolsonaro está fazendo o que pode: eram 11% em 7 de setembro e agora são 15%.
No mesmo período, caiu de 86% para 81% o número de eleitores de Lula que acha que o atual presidente não está fazendo tudo o que pode.
Se Lula tinha comemorado os números do Ipec, agora precisa sentar e refletir sobre os dados da Genial/Quaest.
O petista tem dois desafios pela frente: reduzir ou pelo menos parar o crescimento da sua rejeição e mostrar a ineficiência do atual governo para provar que sua volta ao poder é mais positiva para os brasileiros do que a manutenção do extremista Bolsonaro no cargo.