Parlamentares defendem auxílio fora do teto
Temor no Congresso é que, se for dentro do Orçamento, pode demorar muito. Há quem cite economistas em defesa do programa financiado por emissão de moeda
O auxílio emergencial pode ser aprovado fora do Orçamento e até fora do teto, segundo parlamentares que estão acompanhando a preparação dos caminhos que podem levar à autorização da volta do programa de transferência de renda para milhões de brasileiros.
Como o Ministério da Economia quer que haja uma “compensação” para o gasto extra, o próprio governo teria que apresentar uma proposta. Um parlamentar afirmou que, neste caso emergencial, até economistas “liberais”, como André Lara Resende, defendem o financiamento do auxílio com “emissão de moeda”.
Os parlamentares apontam que esse assunto é muito sensível e ninguém vai tomar a iniciativa de propor, apesar de concordarem que é preciso conceder o auxílio, mesmo que ultrapasse o teto. A ideia é que seja bancado fora do teto, desde que haja uma compensação na PEC com algum tipo de corte de gastos.
“Vacina e auxílio emergencial são duas prioridades muito claras e para isso é possível um entendimento supra partidário para serem bancadas fora do teto”, explica um deputado que acompanha os debates com o governo.