Os que ameaçam a liberdade são os que falam que a liberdade está ameaçada.
Essa é a maior mentira – fakenews – que Roberto Jefferson e sua corja (por que não dizer bolsonarista?) querem gerar neste domingo, 23, a uma semana da eleição. Em parte, eles conseguiram porque o assunto do dia se transformou no horror causado por eles. Em parte não conseguiram porque ele, o político do PTB, queria mais, muito mais.
Mas vamos por partes.
Roberto Jefferson é a mesma figura que, por conta do mensalão do PT, deu a histórica entrevista à jornalista Renata Lo Prete, nos idos de 2005, contando que havia a compra de apoio parlamentar no primeiro governo Lula.
O que eu quero dizer com isso? Ele é um político com longo histórico. Mais do que isso: ele vive de crises, se alimenta delas há muitos anos. Já esteve na base de governos de esquerda (PT) e de extrema-direita (Bolsonaro).
Nas duas épocas, quando Roberto Jefferson viu uma oportunidade de aparecer gerando crises, ele o fez. Sem pestanejar. Enquanto os bolsonaristas dizem que Roberto Jefferson é um patriota, a verdade nua e crua é que esse político é um delinquente, um bandido.
Vejam o que ele fez. Em prisão domiciliar, ele chamou uma das ministras mais honradas da história do Supremo, Carmén Lúcia, de “prostituta”, “arrombada” e “vagabunda” em um vídeo publicado por sua filha Cristiane Brasil nas redes sociais.
Ou seja, nada é por acaso. Roberto Jefferson queria gerar um fato político e sabia que a reação do STF – e de Alexandre de Moraes – certamente seria mandá-lo de volta para o xilindró, local de onde ele nunca deveria ter saído.
Quando a Polícia Federal chegou em sua casa, Roberto Jefferson, com um arsenal montado por conta da política armamentista e de “segurança pública” equivocada de Bolsonaro, atirou não só sua arma, mas – suspeita-se – jogou granadas contra os agentes públicos brasileiros, esses sim heróis.
O que Moraes e o estado estão fazendo é conter os vários excessos de crimes cometidos por esse bolsonarista de plantão, que deturpa a palavra liberdade, sem nem merecer usá-la, assim como fez Jair Bolsonaro em toda a sua trajetória política, mesmo antes da presidência da República.
Esta coluna avisou que parte da extrema-direita busca um fator externo – desde o primeiro turno – para tentar virar o rumo desta eleição.
Ainda é cedo, mas parece, até o momento, que Roberto Jefferson não conseguiu seu objetivo principal. Agora, diante de mais esse absurdo cometido pela extrema-direita, é esperar para ver se algo assim será novamente “armado” nos próximos 7 dias.
Avisem Jefferson e os extremistas de plantão que não tem ninguém bobo assistindo os arroubos sem perceber o objetivo dos verdadeiros traidores da pátria.