O projeto de Múcio e Lula que mira o grande mal de Bolsonaro
Militares sem porta giratória: Quem vai para a política não poderá voltar à carreira...
O Ministério da Defesa está preparando o texto-base de uma PEC – a ser enviada ao Palácio do Planalto – que poderá acabar com um grande mal que o bolsonarismo reacendeu no Brasil: a politização das Forças Armadas.
A ideia é um golaço de José Múcio em primeiro lugar, e de Lula… em segundo.
O ministro costurou com os comandantes das Forças Armadas – e com o presidente – para que militares do Exército, Marinha e Aeronáutica que se candidatarem não voltem para a ativa. A futura PEC impedirá esse retorno.
Para se ter uma ideia, foram mais de mil candidatos de diversos partidos nas eleições passadas. Eles subiram em palanques, fizeram discursos, se impregnaram de ideologias e voltaram para os quartéis.
Quartel não é lugar de política, como ficou comprovado na ditadura e durante os terríveis quatro anos do bolsonarismo.
Outro fato importante da Proposta de Emenda Constitucional é: isso valerá para os generais que virarem ministros – caso de Eduardo Pazuello, fiasco como ministro da Saúde, e que ainda fez a desonra de participar de um ato político (e antidemocrático) com Jair Bolsonaro.
É uma vitória e tanto para democracia brasileira. A história só melhora.
Os militares que não tiverem a idade para ir para a reserva terão que abandonar a carreira militar – de uma vez por todas. Aqueles com idade e serviço prestado passarão à reserva assim que se inscreverem como candidatos nos tribunais eleitorais.
Não se sabe ainda se a PEC será proposta pelo governo ou por um parlamentar. Segundo apurou a coluna, essa é a única dúvida que resta. Mas que será, será.
Múcio está de parabéns. O texto fica pronto nesta semana. E será o responsável por um avanço civilizatório e tanto para o país.