A ousada proposta de zerar o déficit em dois anos não é por acaso. 

Fernando Haddad tem um plano na cabeça.

Como mostrou a coluna, o texto do arcabouço fiscal será enviado ao Congresso na próxima segunda, 17.

Ao bater o martelo do envio neste momento, o ministro da Fazenda iniciou o cronometro para aquilo que, ao menos no âmbito da economia, só pode ter a dimensão de um plano real.

Interlocutores do ministro lembram que, ao apresentarem a proposta, o mercado desconfiava e apontava que o risco era um déficit de 2,2% do PIB.

Haddad manteve-se firme, dizendo que isso não aconteceria.

Hoje, contudo, as expectativas são muito melhores. Todo mundo precificando um déficit em torno de 1% este ano, e não o que estava previsto.

O lema no Ministério da Fazenda é ir passo a passo. O primeiro foi dado.

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