Jair Bolsonaro está totalmente estagnado nas pesquisas de intenção de voto. Aquela reação que ele mostrou no início do ano… cessou. O presidente da República manteve-se parado nos levantamentos nos últimos meses, oscilando apenas dentro da margem de erro.
Cientistas políticos ouvidos pela coluna afirmam que, diante desse quadro, o número que é realmente um complicador para Bolsonaro não é nem a sua intenção de voto, mas a rejeição.
Segundo o último Datafolha, 55% dos brasileiros disseram que não votam no atual mandatário de forma alguma nas eleições de outubro. A rejeição do presidente é ainda mais alta se pegarmos alguns segmentos do eleitorado.
“Bolsonaro é mais rejeitado por desempregados (66% nunca votariam nele), pretos (63%), nordestinos (62%), estudantes (62%), mulheres (61%), católicos (61%), jovens (60%) e os mais pobres (60%)”, afirmou reportagem da Folha.
Com esses altos índices de rejeição, Bolsonaro vê sua reeleição praticamente inviabilizada hoje, a exatos 91 dias (ou 13 semanas) do pleito.
Por isso, a aprovação da PEC Kamikaze ou a PEC eleitoral na semana passada – medidas desesperadas com distribuição de muito dinheiro público – se tornou a última esperança do presidente de mudar o quadro atual.
A ideia de sua campanha é a de tentar – com a liberação de vários auxílios sociais – diminuir essa resistência a ele – gerada, como já dito neste espaço várias vezes, por sua própria incompetência (entre outras coisas).
A questão é: haverá tempo desse pacote – um verdadeiro vale-tudo eleitoral – virar votos suficientes? Neste momento, a campanha de Bolsonaro só precisa garantir a sua ida ao segundo turno.
É que, de acordo com o próprio Datafolha e outras pesquisas presenciais, se a eleição fosse neste 3 de Julho, Bolsonaro não iria nem ao segundo turno, com vitória acachapante do ex-presidente Lula.
Os 55% de eleitores contrários ao atual presidente podem ser comparados aos 54% de brasileiros que disseram que não votariam de forma alguma em Fernando Haddad em 2018. Esse número foi divulgado no dia 18 de outubro daquele ano – 10 dias depois, Bolsonaro era o novo mandatário máximo do país.
Nenhum presidente candidato à reeleição esteve tão mal nas pesquisas nos meses de junho do ano da disputa da reeleição. Agora, Bolsonaro só tem a máquina pública e o tempo, cada vez mais exíguo, em seu favor.
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