
O presidente Lula deveria ouvir mais a primeira-dama Janja se estiver correta a informação ele mesmo deu na 5ª edição da conferência nacional dos direitos da pessoa com deficiência.
Lula afirmou que decidiu ler o discurso elaborado pela sua assessoria, em vez de falar de improviso, após levar uma “chamada” da sua mulher.
“Janja me alertou de uma coisa. Ela falou: ‘Amor, tome cuidado com cada palavra que você vai falar porque essa gente tem a sensibilidade aguçada’. Então, eu decidi ler para não falar nenhuma palavra que possa me criar problema”, afirmou o presidente na abertura do evento.
Como é de conhecimento público, Lula tem marcado o seu terceiro mandato como chefe de estado com falas improvisadas, recheadas de gafes ou erros e que tem gerado turbulências na política e na economia.
O presidente já relacionou problemas de saúde mental com violência e disse ver algo positivo na escravidão. Depois, criou mais desconforto ao engrossar o coro de estereótipos sobre negros e mulheres.
Se nos outros dois mandatos as falas de improviso eram o forte de Lula, agora está claro que isso não é mais uma verdade. E não há problema nenhum em se adaptar a esse novo momento, até porque, quando o petista foi presidente do Brasil há 20 anos, as repercussões tomavam outras proporções, já que a internet e as redes sociais ainda engatinhavam no mundo.
Janja tem sido criticada pela forma como tem atuado como primeira-dama. Há um pouco de machismo nas falas e há um pouco de erros dela mesmo. Mas, nesse aspecto, ela está mais que certa.
Lula podia pegar esse conselho dela e usar em todos os eventos daqui para frente. Não só o país ganharia com isso, mas a vida do próprio presidente ficaria mais fácil.