O ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça, fez um forte desabafo durante um seminário na Corte, que servirá como guia para que os julgamentos que ocorrem nos diversos âmbitos do Judiciário possam ser usados para o direito à igualdade.
“As eternas brincadeiras, ‘por que tem a vara da mulher, por que tem delegacia da mulher, por que dia da mulher, por que não tem a delegacia do homem, o dia do homem’, esse tipo de brincadeira é tão imbecil, tão sem lógica. Não precisa ter dia do homem porque todo dia já é dia do homem, é o dia da opressão. Na hora que você faz o dia do negro, o dia da mulher, dia do indígena, é porque você está tentando chamar atenção para essas situações”.
Além de chamar a atenção dos colegas de toga, o desafogo vem em boa hora. Como revelou pesquisa inédita publicada pela coluna nesta terça, 8, a disparidade de gênero atinge mulheres não só no setor privado, mas também no serviço público.